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CCBB tem exposição para celebrar legado da Semana de 22

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Depois de visitar o CCBB em Brasília, a exposição “Brasilid de Pós-Modernismo”, que chegou a Belo Horizonte nesta quarta-feira (29), agora reverbera no mesmo renascimento que a “Semana de 22” trouxe ao mundo da arte brasileira. atmosfera fresca, Rio de Janeiro e São Paulo.

Com curadoria de Tereza de Arruda, a exposição busca fazer uma revisão do legado que esse acontecimento histórico, que completa 100 anos em 2022, deixou para arte contemporânea do país.

Organizado em seis núcleos temáticos, o recorte conta com obras de 51 artistas de diferentes vertentes – como pinturas, fotografias, desenhos, esculturas e poesia – todas produzidas a partir da década de 1960 até o dia de hoje. 

A proposta é examinar como esse movimento central do modernismo no Brasil influenciou a produção artística nacional.

“Uma das preocupações maiores da Semana de Arte Moderna era o desprendimento do contexto eurocentrista que predominava na época”, avalia Tereza de Arruda.

Ela explica que embora já fosse possível sentir-se uma certa autonomia estética assim como uma narrativa própria no panorama artístico nacional bem antes da Semana de 22, essas ideias ainda estavam muito à sombra dos preceitos coloniais. 

“Se você pensar que a Semana de 22 aconteceu somente 100 anos pós Independência do Brasil, então fica claro que ela ainda estava muito atrelada a um certo padrão, a um standard, e precisava ampliar isso”, diz.

Segundo Tereza, a exibição no CCBB se apoia em questões importantes, como a diversidade regional e a identidade brasileira, que foram trazidas à tona inicialmente pelo evento que aconteceu no Theatro Municipal há exatamente cem anos.

“Ainda estamos nesse processo de descoberta iniciado lá atrás, mas é possível notar que ele se encontra presente no trabalho dos artistas que fazem parte desta exposição. Há uma imensa diversidade e potencialidade nessas obras, que vêm de diferentes gerações e regiões do Brasil, mas carregam uma narrativa autônoma de protagonistas únicos defendendo o seu universo, suas intenções e sua ideologia”, aponta a curadora.

Um desses artista é Joaquim Paiva, que foi diplomata por 47 anos antes de se dedicar totalmente à fotografia. Com 15 obras na exposição, ele diz ser indispensável a tarefa de mostrar a força do legado modernista para o público.

“É importante para que as pessoas entendam um pouco mais sobre esse período histórico da nossa arte que ainda serve de parâmetro para a nossa evolução como povo”, avalia.

Destaques

Entre os destaques de “Brasilidade Pós-Modernismo” está “Ex-Cord”, do escultor paulista Flávio Cerqueira. Uma pintura eletrostática feita sobre bronze, a obra mostra um jovem pensativo, que está alheio a um buraco em seu peito onde devia estar seu coração. A imagem explora uma temática recorrente na carreira de Cerqueira, que usa narrativas pessoais e históricas para confrontar questões de classe, identidade, raça e gênero.

Outro trabalho que chama muita a atenção na exposição é a tela “Atualizações Traumáticas de Debret’, da artista maranhense Gê Viana. A colagem recria uma pintura clássica do francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848), artista que fez parte da chamada “Missão Artística Francesa” no Brasil e o fundador da Academia de Artes e Ofícios no Rio de Janeiro. Nas mãos de Viana, a pintura passar a refletir sobre o cotidiano das grandes metrópoles, dos guetos e dos povos tradicionais do Brasil.

A mostra “Brasilidade Pós-Modernismo” é gratuita e segue em exibição no CCBB, na Praça da Liberdade, até o dia 19 de setembro.

Serviço

O quê: Exposição “Brasilidade Pós-Modernismo”

Quando: De quarta (29) a 19 de setembro

Onde: No CCBB (na Praça da Liberdade)

Quanto: Gratuito

Via: https://www.otempo.com.br/diversao/ccbb-recebe-exposicao-que-celebra-o-legado-da-semana-de-22-1.2690900?utm_campaign=29_de_junho_de_2022&utm_medium=email&utm_source=RD%20Station